terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Tempos Modernos

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Eu sempre fui a favor da tecnologia, mas tudo tem um limite.

Eu moro em um condominio que leva a sério as normas internas de segurança, existem 2 portarias, cercas elétricas, camêras espalhadas por todo o canto, comunicação interna com as portarias, administraçao e com os apartamentos, ainda existe o ronda que fica andando por todo o condominio com uma lanterna na mão(acho que se ele avistar alguém tentando invadir ele atira a lanterna na cabeça do meliante) e que acompanha o entregador de pizza até o seu ap e depois até a rua.

Eu já acho isso mais do que suficiente, mas a princípio a administração não. Pois bem, agora está sendo implantado um sistema de senhas para se entrar no prédio, cada apartamento terá a sua própria, e sempre que é utilizada ficará gravado na memória do sistema, a porta só abrirá por esse sistema, sendo abolidas as fechaduras normais por “questões de segurança”.

Essa semana espalharam cartazes pelo condominio explicando o funcionamento, me chamou a atenção um parágafo especifico que diz que o sistema não tem bateria própria, e que na falta de energia elétrica o sistema automaticamente se destrava deixando as portas liberadas.

Bom, conclusão óbvia, com toda a tecnologia disponível e com os custos que estão sendo empregados a nossa segurança depende principalmente da companhia de energia.

Pqp … Então no final do ano aquela caixinha que é feita pra ser dividida entre os porteiros terá ser dividida entre os funcionários da CEEE, a gorjeta que dávamos para os lixeiros, carteiros e etc será dada unicamente para eles, ao passar por algum deles pendurado em um poste teremos que nos lembrar de oferecer para ajudar, carregar a escada, lustrar as botas e etc.

Outra coisa, quantas vezes nós vemos no banco aquelas pessoas idosas com dificuldade no caixa eletrônico porquê não lembram da sua senha? Minha mãe não decora o telefone de casa. Sinceramente eles acham que elas vão decorar a senha para entrar ou sair de casa? Vamos imaginar a cena, a velhinha passando mal e chama a ambulância para levá-la ao hospital, o enfermeiro ao chegar toca o interfone, ela atende e diz “espera meu filho, estou procurando o papelzinho que a minha neta anotou a senha pra mim”, “alo, senhora, senhoraa, senhoraaaaaaa”… lamentável.

Um viva ao século 21.

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